Nadando contra as correntes tem que ser suicida em mares desconhecidos e piranhas que mais parecem tubarões favelianos, perdidos nas madrugadas das cidades vasculhando uma lata de lixo cheia de nada em restos... até o ar é suicida.
Estamos cercados de burros-sem-rabos, sub-atacantes, jogadores-enfadados, em fadigas de mundo riscado por lápis que apaga-se voraz-mente as cúpulas misteriosas...
Quando o pudim é bom, chupo toda a calda... e o copinho redondo me dá vontade sempre de querer mais colheradas, para que venha logo o sumiço na manhã do beijo com bafo...
Como é bom arrumar as roupas ouvindo a própria música. saber que aquele balanço é teu, que toda a letra de anestesia seus relances para um novo dobrar de fraldas, passar roupas velhas...
Remados escravos trazidos para sentir o frio de morrer no calor, em suados remos momentos pós-modernidade, em escaldas, molhos, e carapuças contrabandeadas também, como ferir a si, seu povo, filhos e estar bem? maldito-infeliz-miserável, a triste verdade de completar o gosto salgado e seco, que não desce nesta boca aguçada de garganta seca...
Mantenho-me sempre que posso antenado, o cheiro puro da laranja, o ácido da casca, e os olhos que sentem o queimar da pimenta no tubo pressionado... se o botão fosse problema, estaria com os meus fechados, mas tenho que ver e sentir o ardor, lágrimas para ter a noção, vindo-me assim a emoção para chorar.
Não irei ficar de canto, tem borrachadas para os acusados, e aqueles que mesmo sem ser burro vai apanhar para ter o gosto das costas com feridas pelo dia inteiro de carga...
"toma ração, me dá o dinheiro". essa função tá foda, e vem por fora da banca com a feira toda...
As vezes estamos zicados, com mais de um milhão de pulgas em duas orelhas, se coçando por não ter como ir ao derma-farrista, conversa antiquada e demarcada por palavras erradas, a zica vem sem que saiba e toma um espaço do qual nem você sabia, que a zica te acompanha e pode pegar-te a qualquer dia...
Ei-de eu, porventura mais aventurado que nos Proverbios lidos,
Buscando a poesia sem ponto facultativo,
Ela não requer descanso, paz, conforto,
Trava uma guerra nas palavras que deixo passar,
Para amanhã te escrever.
Poemas que faço como palmilha,
E calço a mente sem pés,
Que anda sempre só,
Na estrofe da rua 10.
Humberto Fonseca
Por mais e depressa que ande,
Disformulado em repetições ocasionais,
Serei capaz de sentir ao máximo,
As harmonias e desavenssas,
Por este Agorismo.
confira o texto e imagem do dia em
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