quarta-feira

Humberto Fonseca: Goma de Verbo


Goma de Verbo



O grude,

A cola,

Manival que planta-se...



Assopra no olho,

Da casa em abandono,

A faca canta na mão das crianças.



"Farinha que do mesmo saco joga-se para ir com o vento".

A salvo de todos os males, os conformes requisitos prestados, para minhas realizações em caldas e sabores da delícia compartilhada por reportar meus alimentos para teus pratos.



Compartilho agora as minhas duras verdades para estar um dia feito caule, ou ao menos com as raízes na superfície, nem que seja em uma fina camada... Fazem questão de arrancar-me, e mais uma vez saio seco procurando outra terra, outros campos, em algumas montanhas que ouso subir descer é fatal, o cansaço vai me superar e domesticar a falta de iniciativa da qual tem me feito graças e leviandades com respeito do incerto, moralidade por querer o errado, e fico assim pois também sou fraco, não ao ponto de cair, mas tenho que pausar, certas horas coloca-se os pés pela cabeça, e com tudo que não se sabe também jogo o carro na frente dos bois... Sem que faça questão das bicas, vou pro desespero sorrindo feito LOKO, e adoro viver com está inquisição preponente, acompanhada de terrorismo sofrido por lunáticos que tornam-se fiéis nos periódicos termos:



Goma:

Verbo:



Uma faca acaba de ser pega da cozinha para cortar a justiça que não me toca por causa do otimismo, de agorista, em acreditar naquilo que muitos estão cegos de saber, cansados de pensar, inúteis para agirem, o que toca o conjunto é um som de controvérsias, orações que me fazem ficar forte perante a introspectiva rimática, no retrospecto dos dias...



Eu me sinto habituado,

Calmo, sempre calmo,

Antes da chuva para o guarda,

O beco molha a vida,

De palmos em palmos,

Passos em passos,

Transtornos calados,

Em rumos distraídos,

Vou de vez...

Com uma goma de verbo.



Humberto Fonseca
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 Os ares retornaram. a necessidade de tocar o barco, fazer regência ao orquestrar a regência, e denominar-se de uma vez por toda, que à volta aos mares, é feita hoje.

Humberto Fonseca

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