quarta-feira

O Poeta Quer Falar - V - Poesia: Humberto Fonsêca


 
O Poeta Quer Falar - V



O poeta quer falar;
Da terra sem lei,
Que ele viveu, destruiu, e porém, a revê outra vez...

O poeta quer falar;
Dos insultos nela vivida,
Das palavras dos covardes em derrocada na partida,
Das vitórias que pareciam impossíveis mas foram obtidas.

O poeta quer falar;
Que as bocas se abrem sem mistério,
E o povo se vende a céu fechado e aberto.

O poeta quer falar;
Que não nos cabe frustração,
Pois sempre soube,
Que o povo prefere viver e se humilhar a corrupção.

O poeta quer falar;
Que muitos não têm força,
Porém sua força vem de seu próprio calcanhar.

O poeta quer falar;
Que pressente o perigo,
Que veste a roupa de sempre,
Pois pode mudar até mesmo seu sentido, mas não vai se enclausurar perante uma possível soberania.


O poeta quer falar;
Que os códigos foram decifrados,
Os espíritos se entregaram em seus próprios conluios criptografados,
E reúnem-se em todo lado, região,

O poeta quer falar;
De um possível brilho inimigo,
Mas sabe que na "Guerra da Arte",
É preciso mais que artistas, mais que autores, grafiteiros,
É preciso mais que cantores, rimadores, prosadores,
É preciso mais que cordéis, poemas, haicais,
É preciso organização, e dedicação,
Para arte enfim tornar-se longe de lisonjas e falcatruas.

O poeta quer falar;
Que a tanto não tem visto arte de verdade,
Mas a sua verdade de artista segue viva.

O poeta quer falar;
De que a guerra é verdadeira e se aproxima,
Que seu rap não confunde indicio com provas à paulatina,
Que segue determinado na batalha da vida.

O poeta quer falar;
Que não está para os benfeitores,
Pois onde o mal reina, sempre fora também seu terreno conhecido,
Pois muitos são poetas, poucos são poetas, muitos vão querer ser poeta,
Mas só mesmo quem é poeta sabe reconhecer um verdadeiro poeta.

O poeta quer falar;
Que viu seu clipe passar,
Que viu sua história virar,
Que viu seus tombos no ar,
Que viu seu sangue jorrar,
Que viu suas marcas a perfurar,
Que senti dores até não mais aguentar,
Que sofreu tudo quanto um ser humano poderia suportar,
Mas enfim, o poeta agora parece querer se armar para descontar.

O poeta quer falar;
Que não planejou momentos,
Não compartilhou tempos,
Não desmistificou sentimentos,
Não mostrou nada aos seus inimigos,
Além de desprezo, além da falta de conhecimento, além de não ter pretexto,
Além de sua força, de sua capacidade, sua interatividade, de seu poder com adversidade,
De sua capacidade de viver em meio a todo tipo de covarde,
Além de ser superior nos debates, pois não deve-se calar a sua verdade,
Pois assim como tudo na vida é mais que difícil e imperativo,
Mesmo que caminhe na terra do inimigo,
Pra derrubar um poeta verdadeiro é preciso mais que vontade,
É preciso mais que seriedade,
E antes de tudo,
Quando se olha na cara de um poeta marginal, deve-se ter coragem.

O poeta quer falar;
Que não vê brilho de esperança,
Que não acredita em mudança,
Que segue sozinho,
Pois os que poderiam ser diferentes,
Tornaram-se iguais a seguidores de crianças,
Baba-ovo dos sem esperanças,
Empregados dos mesmos de sempre que não merecem seu respeito tampouco confiança.

O poeta quer falar;
Das batalhas no mar,
Das batalhas na areia,
Das batalhas pelas cercanias das vidas alheias,
Das batalhas que foram sofridas,
Das batalhas na cidade,
Das batalhas nos campos,
Das batalhas nas estradas,
Das batalhas nos entraves,
Das batalhas que eles queiram ou não foram batalhas vencidas,
Das vitórias que muitos pensaram não serem as nossas teias.

O poeta quer falar;
Que é dia de confronto, e o jogo parece que vai começar.

O poeta quer falar;
Que não existe hora, momento, é em qualquer tempo,
Que não tem respaldo aos homens violentos,
E que não vai respeitar os opressores desse sistema mais que fraudulento.

O poeta quer falar;
Que se foram eles, são eles novamente,
Que não apenas descobriu, como sabe plenamente, que já derrotou-os várias vezes,
Porem por mudarem de time, lugar, cara, rosto,
Ainda não conseguiu gravar, deixar claro, fazer o parecer,
Porém, se vem do subconsciente, o poeta sabe que não é da mente,
Seguem com as mais estúpidas táticas de quererem lutar novamente..

O poeta quer falar;
Que se o passado persiste,
É porque o presente que desejam é diferente do que desenhamos,
Querem modificar o que desdenhamos,
Querem implantar o que nunca sonhamos,
Querem dizer quem somos sem que sejamos.

O poeta quer falar;
Que todos podem desistir, e não mais recomeçar,
Pois se nasceram para ser escorias, este poeta não deseja participar,
Só que se cair no caminho do poeta,
Este também vai ter que atropelar.

O poeta quer falar;
Fazer compreender, entender, questionar...

Pois o poeta sabe,
Que ser poeta é não ter nada pra falar.

Mesmo assim,
O poeta quer falar.




Humberto Fonseca

 

O Poeta Quer Falar - VI - Poesia: Humberto Fonsêca


O Poeta Quer Falar - VI





O poeta quer falar;
Da brincadeira que parecia história,
Da história que parecia brincadeira...

O poeta quer falar;
Do sonho que era irreal,
Do sonho que tornou-se verdade.

O poeta que falar;
Das maculações que inventaram,
Das inverdade que suplicaram,
Das renúncias que fizeram,
Do sucesso que ofereceram,
Das cláusulas em mistérios,
Que abandonou um castelo,
Pra viver nas ruas e conhecer os desejos em sentir os seus próprios impérios.

O poeta quer falar;
Dos desejos que foram abandonados,
Do desejos que foram compartilhados,
Das carências necessárias,
Dos fatos envergonhados que o fizeram vencer essa história.

O poeta quer falar;
Da pancada da palavra,
Da paulada averbada,
Da cacetada fraseada,
Da voadora soneteada,
Da cambada versada,
Da lapada textual,
Da luvada poética,
Da fala trovada,
Da melodia gritada,
Da embolada cantigada,
Da sinergia em plectro,
Que teve que viver muito,
Pois teve que viver muito pra operar da janelinha,
E não pegou o bonde andando,
Conheceu nas entrelinhas,
O pegou com a poesia,
Quebrou divas, malacos, e divãs de muitas linhas.

O poeta quer falar;
Do espaldar, do caminhas, do lutar,
Do viver, do sonhar, do não se obrigar,
A constantemente ter que mudar,
Para os mesmos objetivos caminhar.

O poeta quer falar;
Das tretas, facetas, das rainhas e reis que se tornaram pernetas,
dos poderosos que se trancafiaram,
dos coitados que se levantaram,
Dos fracos antes oprimidos hoje revoltados,
Que não pode desistir de ser quem é,
Para mostrar o que seremos no futuro esperado.

O poeta quer falar;
Que carregou suas armas,
E nelas só tem palavras,
Armamento universal,
"Armamento Visual",
Cantos, rimas, poesias,
Prosas, versos, ideologias,
Guerrilha verbal da guerra fria.

O poeta quer falar;
Dos ataques pela direita,
Dos rolamentos pela esquerda,
Dos cruzados de primeira,
Da cabeçadas certeiras,
Das habilidades refeitas,
Das horas de treinamentos e incertezas,
Enfim, de ter esperado que na hora do mate ou morra,
Ao menos treinou com tudo que não tinha,
Adquiriu o que podia,
Vai bater forte sem perder a melodia.

O poeta quer falar;
Do ribombar das águas,
Da sensação de ter raio em palavra,
Da inusitada causa,
De entrar no campo desconhecido,
Pisotear no fundo e na palma,
Ao sentir o borbulhar das falas,
Por terem desacreditado dos quem se humilharam,
Para que Deus os ouvissem na hora de receber o quanto sonharam,
Enfim, dentro de suas preces, seus conhecimentos mestres,
Os fizeram espelhos de ilusão aos que os copiaram.

O poeta quer falar;
O poeta quer, quer, ele quer falar,
Que não é mais poeta, nem asceta, nem ódio, nem remessa,
É paulada no crânio, religião de malandro, quebrada obscura que nem os zômi andam...

O poeta quer falar;
O poeta quer, ele quer falar,
Ele vai dizer sem dizer adeus,
Ele vai falar somente com Deus,
O seu verdadeiro companheiro que o faz ser poeta sem ramelar.

O poeta quer falar;
Em meio ao silêncio,
Da ausência dos anêmicos,
Caladinhos de seus epicentros,
Assustados sobre o que não poderia ser possível,
Mas sofrem vendo...

O poeta quer falar;
Fazer compreender, entender, questionar...

Pois o poeta sabe,
Que ser poeta é não ter nada pra falar.

Mesmo assim.
O poeta quer falar.



Humberto Fonsêca

sábado


                                V Palavras Tântricas

           "Vou tingir de sangue essa maravilhosa gente obliqua".
                                                                              
                                                                                                                                                            Humberto Fonseca








  Ó Deus dos deuses. tome-me em seus braços para que não haja mais desgraças. a tragédia evocada assucedeu-se, e martirizo agora minha alma nos gelos da eternidade por ser criado após tua imagem e semelhança... que traços tenho eu, que corpo é o meu? que alma me pertence, encontra-se em qual alameda... minhas ternuras estão toda em romotidão, no fundo, do fundo, do fundo, de'minh'alma. meu corpo reprova esta ação da alma. meu corpo reprova e quer desvairar-se pela mente. "logo quem sempre teve mente liberta retê-la é um crime maior do que o que está sendo pelo subconsciente repreendido..." (não cometer é sofrer), maldade veloz corre dentro de um coração que vos digo também ser maldoso, daqueles prontos para morrer e matar na ponta da espada, (os melhores corações são os perfurados), já não batem , dão trabalho, amam... que só bate enquanto tem vida, e sua vida é bater... desistência me reprova. desistir me aficciona ao locurismo, me solta nas raias para que nade do amanhecer ao amanhecer, "não há cadeias nos mares", supostas ilhas e correntes sim, é preço da liberdade pela solidão de viver em paz e sem luz de energia elétricas que quando saem de corpos alheios é para te descarregar... o mundo te suga. e as pessoas te matam. mas todos estão unidos há um bem só. sobre'sofrer vivendo de sobrevivência ou riquezas volumosas, (umas soam ricas as vezes só na mente) mas sempre no conjunto do corpo e alma, independente dos valores que se criaram entre as mesmas raças. nenhuma paga a outra o que vale. e ninguém na realidade, que cheire o que feda, não é melhor que ninguém, *"os olhos, por enquanto, são as portas do engano; duvide deles, do seu, não de mim", eu me ajuntei, e assim como os animais não passo meu tempo olhando espelhos, caricatura mental só, fusão de conhecimento...

"É preciso um pouco de lerdidão pra se ver a velocidade"...

  Palavras as vezes nos assola de cadeias. prende-nos. imagina-se além delas suas realizações. o que é este jogo desencontrado procurando o fim de um limite... se é que pode um dia ter limite sobre as palavras escritas, ferre-se o limite! tudo pode ser descrito, mas experimentado nem sempre; é preciso ter "voiz da'imaginação" para se ter o presente, em meu desfazer se encontra esse viver-experimentado; falar no passado o que o presente nega é dar-lhe ao futuro toda sua forma e pilares, e sem sustentação me evoco a falar, dizer, e repetir poetazinhos de merda; "não precisamos descrever os olhares humanos" mas as reflexões são disparos que tem de serem miradas e dadas nos olhos e coração, é onde talvez se encontre os princípios mais vacilantes deste tal humano, (até porque as mentes de hoje são mesmo de camarões, de merdas!) "tiro certeiro como bala que já cheira à sangue", o jogo oriental delas e das palavras é só pra compor a orgia... aos adiantes verso diferente a cada vítima.

  O enganado jogo mental enlouquece. saiba mais bem sobre disso do que dos loucos. "é imprescindível admirar as vidas, as peripécias, a tosquera, o sublime, a erudição, "os maiores do qual se dizem serem os grandes" e os menores que se sentem mais pequenos, sem ver o que é impermeável e está minando em sua estrutura me enlouuuquece!!!! porquê a vastidão pode ser curta, e estar mais próxima de sua loucura do que você. tudo é terrestre mestre, sentido (por estes pés) quando não encaramos esses espelhos... mas ainda assim há de ver aqueles que se miram a ver-se diante deles, e se acharem parecidos, ou diferentes demais, (até me conecto com esses que parecem) e porquê existe uns que não se parecem com os demais? e a pirofagia de não ser ne ele mesmo? que não se olha no espelho... seria por estar mais pronto? __ faz-me olhar no espelho? ou por saber nitidamente como é... seus olhos vê mais que a semelhança de outros? diferente de tudo? no pensar. no agir. no mover. __ que desgraça é essa que se fez entre a gente... entre outros nada são. a ninguém pertence. desterro? trevas? sapiência de mortalidade obstante... (e tudo são a si mesmo). valor'idade individual nesse aspecto me confundi as estribeiras que estou tentando ferroar, entreabrir, bisbilhotar e comer seu néctar... "meu bem tire tudo... tudinho... e se veja por meus olhos", será a mais bela e comovente visão que teras de ti, (te perderas em minhas peneiras filosóficas, que dispensa toda massa para ter alguns grãos valiosos), venha a este minerador dos escuros, vou marcar entre-lábios cada diamante sujo que tenho guardado sobre estes destinos de que bem sabemos não mais juntar amor e dor, nem que dessa vez preferir-mos ser amante, amor de vento em polpa, que bate nas velas e se apaga com o vento, distanciando-se das proximidades calorosas, aos árticos de nossos trópicos eu te desfiarei, serás uma manga madura pedindo para ser descascada'escaca'cascada, soltando leite pelas entranhas, amarguradamente rosa e amarela de fome se abrigando no gozo que te vence nas mais imprecisas horas de vidas que desconhece a ti, mas no caminhoso de espartame de um lobo apaixonado; só te sacrifiquei por mim. e o bem como a perfeição, não temo mesmo "que as pedras sempre se batem"... como ser que se preste, treino indefinidamente a domar essas onças desmitificadas, em possessão do universo, centradas nas trevas'de'terras'mar, onde o objeto mais usado é aquele que a manuseia.

  Senhor, meu pai; __ porquê tantos filhos? porquê tantos irmãos? e porque "mãe só tem uma?" aí senhor, não tende piedade não. faz ruminar sobre essas fontes de rumores o galardão da improbabilidade... assim continua crescendo as atividades científicas. pela improbalbilidade e existência de Deus. bem'dizer a ciência só existe a partir de Deus. dessas criações misteriosas e sobrenaturais o que tínhamos de exemplo antes era tudo conto de troia, bacanal mistérios, bacanal de nascimento, bacanal do conhecimento, não verso à Bocage, só que "a putaria é a existência e o teor que engrandece a experiência de que somos do mundo", sacrifícios e mortandades, cadenciarão aos deuses mais imperfeitos, aos ritos mais incorporados, era muita coisa contra a vida, contra a super-polação, era para que tudo fosse de um só, ou que esse fosse aterrador de todos, ou que todos enfim julgasse esse, quem é o mentor desse conflito entre o homem e o universo? que lendária invasão é esta que não se aperfeiçoa, se usa, trai e consente... só ela para embelezar este caos e deturpação eminente, contemplemo-las... são muitas putarias, e se me escuso sinto que meus temores já são de outros. como é bom buscar novos medos. novas perdições. saber que os fins realmente tem um começo. desde que ele seja desde o fim o seu mesmo. mas é assim que se acaba com as paródias simplistas e composições uniformes, "alguma criação tem de render", e os primeiros da ninhada podem sim, morrer brevemente. por descuido ou desnatureza. ou... nem todas nascem para ser mãe. umas são puta por assim dizer de natureza. e dedicação apenas a isso é os seus ótimos dias. os dias púrpuros e naturais... dos quais de hoje em diante herdo a missão de ser filho.

Adeus missões. até guerra. chega pessoas; que de longe as posso ver. as posso sentir bem mais que suas presenças talvez... talvez. (sou mágico de mim) a energia é tão positiva ao negativo deste lado que não posso ambientar mais nenhuma áurea, "aqui não se tem risotos e crepes a provar", taças quebradas e poucos talheres, um só lugar, um cinzeiro que se cabe um cigarro, é hora de um ser o todo, porque este um quis ser todo para se ter em um; __ e não funcionou não! foi uma merda, um descontentamento, uma treta de uma pá de zóio que, fiquei só matéria, estou a plantar espíritos para ver quais mudas voltarei a ter como sombra...

Estou com vontade de escrever em poema. mas o texto é e deve ser mais apurado aguçadamemte que palavras jogadas com violência e 3 milhões de entendimentos em cada uma delas... sinta o sabor, masque, coma, coloque algo a derreter pelas enzimas... a fé que move montanhas é termodinâmica neste poema, será longa a viagem de antagonismos, separatismo, como é muy bonito quando amamos nos odiar, nessas métricas sem esfera as paródias, "quem é que não sofre por alguém?" sofrer por mim agora por mim agora é meu fim. que me venhas elas, e não mais ela. que vontade terrível de escrever um poema... saí de mim versos.

A sustentação dessas imitações do (real) mundo que inspira a nos ser jurados. essas glórias de fim de tarde ao começo de noite recíproco, palavras acentuadas ao desconforto... __ e num saí! num me deixa! ainda lembro daquele lazarento do Jones; __ mano... não para com a merda da arte que ela vem te pegar com uma faca... mais uma fase do plano; arte mata! ou seria uma desproposital luvada na cara, no rosto, face, sei lá mais quantos focinhos poderia ter para encobrir-me com essa tal arte. __ está mesmo empunhada de arma branca... (ando tão descarecido e impróprio a esses valores. quero que se foda ela e todos em seu rodeio. não estou a escrever arte...) vou fazer desfeita no que há de mim nessa treva'verbal. os espasmos golpeados agora sombreiam além da-testa, porquê o climão está severo em todos os cantos, agora caminhar sem parar desconfiando sempre de quem vai dar o tiro nas costas? __ NUNCA! nunquinha'mês"! gosto de conhecer terrenos... (é melhor ser amigo deste vós inimigo). já não me importo com o que vocês são, até mais "frevistas de merda!" imagino-me numa guerra qualquer que não fosse essa... sabe quando está'se e axá'se pronto para morrer; a batalha deveria ser o melhor o voto. e não se afugente porquê sou bem mais que capaz de trocar o bom filé por um ramo de batatas, suporte-se de tantos nãos, esse não é esse. (ao vencedor as batatas!), traduziremos em algum idioma essa emblemática ressurgência de utilidade, "é tão poroso o sabor do absinto que me esvaireço com os ares", como se fosse uma obrigatoriedade, "não abster-se e crer que tudo é mais que o outro", sem comparação as notoriedades, todo mundo focaliza uma "simboltudez emergente", será mesmo? que pânico é este que não o sinto? qual catástrofe hoje rolou e vai seguir rolando até os rochedos trincados pelos pés, de altura se eu fosse nada seria. altímetro me reluz um estado... que os anjos não suportariam na terra.



Humberto Fonseca

O Poeta Quer Falar - IV - Poesia : Humberto Fonseca

 
O Poeta Quer Falar - IV
 
 


O poeta quer falar;
Ele ouve o Fim do Silêncio, o perturbo de todos inimigos,
Choram no silêncio de suas almas,
Nas escuridões de sonhos devastados.

O poeta quer falar;
Que o caos que criaram, enfim tornou-se verdade,
O vento contrário sopra, com força,
É a virada dos tempos...

O poeta quer falar;
Em tempos de guerra, ele não se rende,
Não se esconde, corre atrás do juízo,
E de todo prejuízo,
Sem cordas, amarras, trilhos.

O poeta quer falar;
Dos caminhos escuros, becos malfeitos,
Ladeiras obliquas, estradas de asfaltos mau asfaltadas,
estradas de terras planas e esburacadas.

O poeta quer falar;
Sobre as nuvens que passaram sem molhar o chão,
Mostrando as condições, o clima,
O favorável que todos esperam...

O poeta quer falar;
Que em tempos cinzas,
Sua cidade preferida é São Paulo,
Em dias de sol Imbituba,
Em dias de amor Maceió,
Em noites de guerra Capelinha.

O poeta quer falar;
Que começou o insulto, e não vai parar,
Que só depois de pisar em todos que lhe pisaram é que vai buscar sossegar,
Pois o poeta sofreu tanto com seu amor,
Que só agora acordou pra poder também magoar.

O poeta quer falar;
Que já suporta tantas dores impossíveis,
Que as possíveis tornaram-se impossíveis.

O poeta quer falar;
Que não é mais hora, minuto. segundo,
Mas o tempo todo revoltou-se.

O poeta quer falar;
Que não sabe se foi por ocasião, por paixão,
Por opção, por força bruta, intelecto, ou fora de sua razão,
Que abalou os muros inabaláveis, descontrolou os triunfos das chaves,
Quebrou as trancas desses malditos covardes,
Com a destreza de seus ataques,
Mas tem a certeza que no meio desse combate não vai deixar que eles novamente embalem.

O poeta quer falar;
Que conhece tão bem seus inimigos,
Que sabe que foram os mesmos,
E os mesmos retornaram.

O poeta quer falar;
Que antes era diferente, pois sabia os estilos e padrão,
Mas não sabia a cara de como eles eram, mas os vendo,
Concebe agora a vocês o quanto ambiciosos, cobiçadores realmente são.

O poeta quer falar;
Que entende, vê, conhece todo o sistema,
E não irá temer, tremer, ceder,
Vai brigar constantemente,
Até o início, e depois do fim.

O poeta quer falar;
Que deu o start, e não quer staff,
Agora é sem studio,
E que seu sangue arde,
Seu ódio é amor puro,
Indignação furiosa,
Sem luvas quebrando a cara do onipotente,
Dos incoerentes, covardes disfarçados,
Que fizeram sofrer, que pensavam faze-lo sofrer novamente,
Sem ao menos conhecer,
Sem lembrar das derrotas que tiveram contra  a força do poeta desconhecido,
E das derrotas agora enfim o conhecendo,
O dias foram sofridos, as noites inigualáveis,
Mas o poeta revoltou-se, sofreu cada dia como se fosse uma breve passagem,
Poeta de força tática, poeta de choque, poeta que faz as rotas,
Poeta que usa os instintos de gíria federal,
"Exagerado, incomum, fora do normal",
Pois só assim seus inimigos conseguem sentí-lo de perto,
Pois só assim seus inimigos saem das tocaias,
Pois só assim seus inimigos mostram a bunda e a cara,
Poeta este, bravo, retilíneo, sem descrição,
De braços abertos ao combate e corpo fechado aos jogos,
Heróis dos fracos que temiam, e guerreiro dos bravos que o acompanham,
Exibindo de "corpo e alma" aos covardes, corruptos, fracos sobreviventes de bandos perdidos,
O seu tipo, a sua educação, a sua classe, os seus testes, os seus professores,
Porém em tempos que Deus remonta todo quadro do destino,
Seus inimigos vão conhecer a força dos amigos que esse poeta trás,
Já que evaporam nos escuros, não suportam o pavor de ter o poeta em suas provinhas cabais.

O poeta quer falar;
Que vai doer, que já doeu, mas não doe mais,
O poeta só espera,
Que eles superem,
A dor que o poeta suportou,
Calado, sem saber, sofrendo no silêncio,
Torturado nas noites escuras, acordando ao claro,
Mas agora entende,
Que Deus faz a gente sofrer,
Pra só depois descontar.

O poeta quer falar;
Que deseja espancar, mas não vai bater,
Que deseja ensinar, mas vai aprender,
O poeta vai falar,
E que eles queiram ou não,
No melhor estilo alagoano;
"Vocês vão ter que me engolir",
Seja hoje, amanhã, ou já.

O poeta quer falar,
Gritar a todos,
Que a revolução começou,
E não podemos parar.

O poeta quer falar;
Que não é guerra de burguês,
Não é guerra de pobre,
Não é guerra de sistemas,
É guerra pessoal,
E que chegou a hora de confrontar.

O poeta quer falar;
Fazer compreender, entender, questionar...

Pois o poeta sabe,
Que ser poeta é não ter nada pra falar.

Mesmo assim
O poeta quer falar.



Humberto Fonseca

O Poeta Quer Falar - III - Poesia - Humberto Fonseca

O Poeta Quer Falar - III - Poesia - Humberto Fonseca
O Poeta Quer Falar...  III



O poeta quer falar;
Do que ele não é, do que ele não vai ser, do que ele não será.

O poeta quer falar;
Do que ele não sera contra, a favor, ditador, opositor, negociador.


O poeta quer falar;
Que ele não vai estar presente, ausente, ou fará do seu futuro as lembranças dos erros que já viu e viveu nos tempos poentes, decadentes, intermitentes.


O poeta quer falar;
Que não vai fazer parte, arte, ou tampouco conjugar seus verbos no meio de quem pouco conhece ou lhe conhece, de quem não entende ou percebe, que sua poesia é verdade e não apenas o falar.


O poeta quer falar;
Que nunca viveu de sonhos, mas tem em seus sonhos vivido, e não se ilude com as decepções, pois aspirações constantes da vida os torna sempre ávido para sobrepor novas paixões.


O poeta quer falar;
Que não precisa enumerar seus heróis, seus artistas, seus poetas, seus atores, pois com sua própria arte ele também sabe respeitar e criar.


O poeta quer falar;
Que sua voz vem do rap, que sua rima é pesada, que seu beat é verdade, que sua história cantada faz balas parar, que as palavras de todos aqueles que lhe ensinaram também fazem parte desde já.


O poeta quer falar;
Que não sobreviveu por acaso, que não vive por descaso, que não acredita no presente e nem no passado, pois concebeu que com a vida teve que tudo enfrentar para agora poder te falar.


O poeta quer falar;
Que não vai cair no próximo episódio, não morrerá no próximo tiroteio, não cairá no primeiro ring nem tampouco no primeiro assalto, não vai trocar tiros, não vai revidar desafios, pois o poeta sabe que o drama mais violento, é espancar os ouvidos dos seres violentos que sua arte não consegue escutar.


O poeta quer falar;
Que já disse muita verdade, mas que as vezes não compensa, nem sequer pensar, mas constrói no meio de mentiras castelos de honras e desafios sem limites para fazerem suas verdade falar.


O poeta quer falar;
Que nunca desistiu fácil nem difícil, nem gostou nessa vida de quem ergue sacrifícios, pois o poeta sempre concordou que a vida é mais que desafio, guerra mesmo é entrosar o seu time mesmo que seja ele de um jogador sozinho.


O poeta quer falar;
Sem nomes, sobrenomes, que toda desavença do momento faz o poeta brilhar, e que mesmo parecendo perdido ele não vai parar, de gritar aos quatro cantos, cinco continentes, linhas, trópicos, e toda demarcação que desejam o seu compasso copiar, plagiar, sem conhecerem que a alma do poeta é que realmente fazem toda a história da poesia brilhar.


O poeta quer falar;
Que não se perdeu, que não se confundiu, que não se esqueceu, que não deixou barato nem caro, tampouco irá cobrar, pois entende sabiamente que por cada ato um de nós vamos pagar.


O poeta quer falar;
Que não gosta de jogos, de memorizações, de contextualizações, de uniformes, de ritos, de contextos desesperados, pois foi criado no sofrimento, e nele sempre soube esperar e conquistar.

 
O poeta quer falar;
Fazer compreender, entender, questionar...

Pois o poeta sabe,
Que ser poeta,
É não ter nada pra falar.

Mesmo assim,
O poeta quer falar.


Humberto Fonseca

domingo

O Poeta Quer Falar...

O Poeta Quer Falar - II
Poesia: Humberto Fonseca





O poeta quer falar;
Desde a poesia passada, que foi escrita, mas não foi em seu ver vívida.

O poeta quer falar;
Que sentiu o que disse, e disse o que sentiu.

O poeta quer falar;
Dos alvoroços e das esperas, para dizer o que sabe.

O poeta quer falar;
Das revoltas, reviravoltas, do que lhe faz sonhar.

O poeta quer falar;
Que já não sente dores, não cultiva flores, mas sabe observar.

O poeta quer falar;
Da áurea da hora, das esferas entre alvorada e aurora, fauna e da flora, dos instintos naturais que lhe fazem calar, das falácias, dos critérios, das humildades nos barracos, de seu povo que não sabe quem é mas consegue o respeitar.

O poeta quer falar;
Das guerras pessoais, intrapessoais, intelectuais, e da burrice que lhe fez escrivinhar.

O poeta quer falar;
Dos combates vividos, corações partidos, das famílias a chorar.

O poeta quer falar;
Dos tiros ouvidos, nas batalhas sangrentas, de seus rebentos e torturas, de suas armas a orar.

O poeta quer falar;
Dos corpos que tombaram, dos presos que ficaram, no sonho de sua liberdade esperar.

O poeta quer falar;
De seus serviços sem inteligência, de sua ignorância e leniência, da prepotência dos poderes quebrados, de suas flechas, seus arcos, das grades sem espaço, dos corpos partidos cruzados, das forças que o fizeram levantar.

O poeta quer falar;
De seu amor a Deus, dos respeito aos próximos e aos meus, da coragem de lutar pelo que ganhou, da coragem de lutar pelo que perdeu.

O poeta quer falar;
No remoto precipício de suas falas ao luar.

O poeta quer falar;
Que sofrimento é sustento, e quem não sofreu ainda o verá.

O poeta quer falar;
De suas prosas, duetos, serenatas, das canções que ao ouvir e cantar o fizeram calar.

O poeta quer falar;
De lembranças de agora e antigas, que parecem ativas, mas os passados cuidaram de apagar.

O poeta quer falar;
Desse novo velho tempo, desse novo velho mundo, das aflições que lhe fizeram inspirar.

O poeta quer falar;
Fazer compreender, entender, questionar...

Pois o poeta sabe,
Que ser poeta,
É não ter nada pra falar.

Mesmo assim,
O poeta quer falar.


Humberto Fonseca
 

O Poeta Quer Falar

O Poeta Quer Falar
Poesia: Humberto Fonseca





O poeta quer falar;
De tudo que sente, do que lhe faz viver, do que lhe faz andar.

O poeta quer falar;
Das dores que sente, o desconforto da mente, as palavras de seu ar.

O poeta quer falar;
Das causas existentes, das coisas inexistentes, do abandono de seu lar.

O poeta quer falar;
Dar a réplica, na fala, a oitava, todas as vertentes que o fez revidar.

O poeta quer falar;
Que beleza é tristeza, que tristeza é beleza, que a verdade é mentira, que a mentira é verdade, e que tudo que o poeta escreve vem das palavras além-mar.

O poeta quer falar;
Sem consultar cartas, ler mãos, conhecer previsão, no tempo de ser e estar, confrontar deuses de ferro madeira, barro, semideuses e tudo mais que deseja sua fala estancar.

O poeta quer falar;
Dos presentes passados nas histórias futuras,
De tudo que lhe fez caminhar por tantos lugares e ruas.

O poeta quer falar;
Do que sabe e não entende, do que sente e compreende.

O poeta quer falar;
Da minha, da sua, da nossa poesia, do verbo ao dia, da metonímia nostalgia.

O poeta quer falar;
Com sua espada cortando a repressão, com suas dúvidas causando transtorno, solução e opinião, com seus sofrimentos erguendo troféus conquistado de reis pagãos.

O poeta quer falar;
Aos sacerdotes, cultos, incultos, traidores, covardes, verdadeiros, perseguidos, cabreiros, e até mesmo aos poetas corruptos, em seus cultos, plenários, bancadas e circuitos.

O poeta quer falar;
Do sofrimento próprio e alheio, porque foi e de onde veio , sem indagar quando partirá.

O poeta quer falar;
Sem estrofe, texto, soneto,
Sem reflexo, espelho, quadrantes,
Sem mesões, ângulos, triângulos,
Sem mãe ou pai de santo,
Sem hindu, budismo, candomblé,
Sem espiritismo, falsas crenças,
Sem ludibriar, mentir, iludir.

O poeta quer falar;
No meio de heróis e vilões.

O poeta quer falar;
Fazer compreender, entender, questionar...

Pois o poeta sabe,
Que ser poeta,
É não ter nada pra falar.

Mesmo assim,
O poeta quer falar.


Humberto Fonseca

sábado

Batendo De Frente Com O Inimigo - Poesia: Humberto Fonseca

Sofisticação, inustados estamos ao acaso.

Porém o que é a vida se não a vida? O que será do destino se não o enfrentarmos? Sou prova viva de que podemos mudar o destino, e confundir o presente para uma eventual mudança do futuro. Domaremos a fera do ato segu

inte? Ou vamos esperar que ela nos ataque ferozmente? A maior prova de sobrevivência nos vem da natureza, onde seres predadores não facilitam as emboscadas aos menores, não deixam que sequer tenham tempo de pensar, mas há sempre inusitados momentos, onde o ataque do oponente acaba com outro ataque de se presa, e quem poderá vencer? O que persegue bem, ou aquele que não vai pensar em medidas para desforrar sua ira em um simples momento do qual tudo parece estar perdido, a vida não é feita apenas de uma visão, um lado, o acaso acontece para transtornar as mentes mais ambiciosas e sorrateiras, desprovidas de uma reação e auto confiante que seus atos vão surpreender quem quer que seja, não podemos temer os confrontos, é um momento de ter a energia combinada como fator próprio para desencadear uma solução rápida, instintiva, impulsiva que seja, mas que tenha em seus atos e efeitos a determinada capacidade de não se abater ou tampouco exigir do ser humano uma iluminada ação sem pensar. Mas o que é a vida se não a vida desfecho pode acontecer, a breve e inusitada circunstância nada mais é que um ato relevante ou uma proporção instintiva para nos obrigar a ter em nossos atos uma resposta a altura de nossas visões.

O ser humano quando está confuso fica incapaz de ter tais atos. Vem deste formato de visão a nossa prontidão, como diz Sun Tzu; "habilidoso é aquele que traz o inimigo ao campo de batalha", temos que saber que é preciso morrer para estar morto, enquanto houver vida haverá soluções, mas precisamos decorar as batalhas do dia a dia para não acabar sendo vítimas de uma falha, de um ato idiota. A vida tem seus momentos confusos e premeditados, eis aí o fator de decisão do qual temos que desempenhar em meio a esses transtornos irrelevantes, pois temos que lutar até a última instância, estar vivo é proveniente de nossas ambições em concluir alguma tarefa, uma missão, da qual podemos ter a plena certeza, que muito pior é fugir dela.

O medo é uma estaca, da qual o mundo moderno está desejando fincar em nossas mentes e corações, enfrentá-lo deve ser primordial nesses momentos, escutar o seu instinto não é uma possibilidade fácil quando se vermos em meio a dificuldades adversas, ou infinitas circunstâncias das quais temos que enfrentar custe o que custar. Até mesmo quem é perseguido se for astuto poderá perseguir, depende da sua capacidade em procurar enfrentar aquele ou aquilo do qual está em sua captura, em sua rota, em seu destino. Se tens um caminho a seguir irás desistir por causa de um obstáculo? Irás mudar o caminho por causa de um pensamento, olhar, uma palavra? É preciso ligar o "foda-se" e usar a inteligência para transpassar as barreiras e bombardear as trincheiras do inimigo. Eis a hora de completar a missão como viemos e como vamos partir deste mundo, o medo é apenas uma estátua da qual se você parar para admirá-lo e ter em seus consciente ele simplesmente vai te hipnotizar e tirar toda sua coragem em meio as adversidades.

Humberto Fonseca

sexta-feira

Um Balde de Poesia III


Um Balde de Poesia III

"Se tu descreveres escritamente as ecritas-críticas,
TuRbiLhAriA-ArTiLhAriA para um golpe de estado..."
Não deste país.

Sabe-se lá o que vivemos?

Você testa...
O boi sabe onde arromba a cerca! Quebra o chifre,
Caí de bunda e senta...


Só assim não fico distante dos afazeres...
                                                                                                         __ te empuro?                 suba no balde?
Prazer-deter-reter-conter-oqê?                              suba... suba...
                                                               __ enforco-te?              __ apertou o pescoço?                    suba no balde?
                                                                                                                                                                                                       
suba... suba... suba...
                                   __ suba no balde?
mas se falou... ... vamos brincar de forca? a platéia aguarda... os engasgos, de teus goles...                                                               suba... suba...suba...
mas se falou... ... vamos brincar de forca? agora prestes, ao fim... eles querem.                   suba...

                                                               __ suba no balde? 
                                                                                                           __ ispíe ? _                  pise em seu fundo? suba no balde?

                                                                                     __apoie sua mão na corda... suba no balde?

estar fora do ar,
Em antena-desnecta, conect-valorinus,

Desvído   de     vista.

Se for morrer, que esteja nas minhas... Ainda terei respeito!  As famílias serão os primeiros a saber; farei memorandos, cartas, telegramas...            
                      Quem for podre que se quebre...              
           Quiz-quais-qualqueres?                                
Repitiste as séries...                                         
           Se foi pelo tempo,                               
                         Ou por maul sustento,
                                                                                         
Mau com L ou mal com U.
           Vê quantos mudaram de sala?
                         Você mudou só de carteira...

 
"a cidade...                            "os olhares, "                                       os assuntos,                               toda fera,
que invade,          toques,       por tuas obras,                pulos,           rege os regentes...    tudo,            sendo foragida,
toma-te conta,    batuques,     compro e comparo...    batedeiras,      a língua solta,         balanço,         tem que se defender,
sem conta,           rituetas,      em cada virada...           escoram o...   colorida,             cambalhotas,     achar o que comer,
com honra,       símboltudez.   a mesa tomba,            samba-níquel!    enfatiza!                                     lembrar dos filhos...
sem possuí-lo."                       fui assustado."                                    a meia da vida."                             e chorar."

__ O groove espalha autonomia de novos textos, onde criar é arrematar períodos de supervivência.

Os opostos se atraem, ou o tesão vem ao acaso?







Humberto C da Fonseca

sábado

Poesia: "Ca bar-Barbroco" De: Humberto Fonseca


"Ca bar-Barbroco"



Rasga-se mundo e ch[ão,

Sião, cobra, morde...

                                     Vingança,

O barro...                                            É pedra que vira tijolo.

                        Ao vermelho...

     É pedra, cisco de sabão no olho.

                                                               E como arde a vida...

Os dias...         As centenas...           São milhares.

Jogo gráfico.                  Dos rostos,
                             Arte restaurada...                    Queimados,
                                                                   Sol.
                                              Das pálpebras,
                                                                Fechadas,
                                                                        O liquida.

                       FOTOLIPOTICULRIZADO.

Mas as pedras,

      Lavam-se, que elevadas mãos,

                           E o ouro, é preto,

Seu aleijado perturbado,
                                          O barro é pobre,
                  Onde a ceifa é de todos.

               Ao sangue a alma separa-se de corpos,  Mergulhados,
                                                       Na vurtez, em voz,
                                           Sobejos do silêncio fecundo,
                           Ressona a palavra variante,
               Longe de perceber-se com o coração,

                                                        
Humberto Fonseca    

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 Desmedidamente afim de criar um diálogo. falar. sentir. "orar lá que seja". mais falaívos também de vosso sentimento, "leitor morto, não lê", e os comentários não são o alvo. Quase tries mil textos à mão é o que tenho para transpassar, ou deixar emudecido esperando as tralhas. público aqui não é bem vindo, pode até ser bem visto, se resumindo, um intruso, quando chega, tem sempre de saber, entrar e sair... é foda estar sendo observado em silêncio.
 As poesias vão rufar por aqui, eu não vou me silenciar.
 Mesmo estando sozinho.

Eh nóis!
_ falaê porra!
    

sexta-feira

Foto: Juninho13, Nas Latas: EVOL, Texto: Labor''Ondeando De: Humberto Fonseca

 Sei lá quando estava escrevendo isso... literatura, escrita, palavras, versos, crônicas, poesias... universo conflitante, de paródias incontáveis, e silhuetas que parecem diversas, mas são uma silhueta. mundo, rodopio, de asas e braços abertos; "afinal não pode-se cair do chão", o barro, seco e próspero de nossos pés, cabeça adiante, no mor'bravejante, de espectros sem fim...

 Meu horizonte, não é mais que visão periférica. e se faço que não vejo é porque minhas ocupações estão tão próximas que alheio-me donde'estiver. donde'quiera! tu esteves, porque eu não? se aliar-se a guerra fosse só ir as batalhas, do que valeria instrução contra oponentes; "solte os leões e dezumamo-nos  os combatentes", a lábia paradoxal fará seu tino de voz valente.

 A verdade é uma só. e dela não quero saber. se uma só coisa somar vai ser a acentuação, errado do entender, do nóis fazer, e porquê verdade. se realmente os melhores roteiros são de ficção, há sempre alguma coisa na vida real que a nós incomoda, eu já sinto-me incomodado de mim! cheio de mim mesmo! a realidade só tem feito colidir, transpassar aparência, "deixo o agrado aos cínicos", mas minha pessoa não se tange, não se livra, não encabresta com tapa'olhos e saí em disparada. o estouro'da'boiada tá rolando, e vamos ver quem pega o bicho pelo rabo, se é o bom vivant das cercania ou cabra só na'pele'e'osso, entre as galhadas secas... é muito fácil eclodir aos contrastes aquilo que se parece neutro, ele não impermeabiliza, fica sintético, seco'reluzido de dor púrpura. é assim que percebemos a naturalidade de quem se ofusca. de quem não sente o brilho dos holofotes, assim são meus domingos, mórbidos, de incurável constância do viver'paz, alternar o espírito desviado das trevas, e ser sagaz, sem trono, de pé na'terra, papando chão sobre um inocente destino que não mais refletiremos.


Humberto Fonseca
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Foto: Juninho 13
Nas latas: Evol

quarta-feira

Humberto Fonseca: Goma de Verbo


Goma de Verbo



O grude,

A cola,

Manival que planta-se...



Assopra no olho,

Da casa em abandono,

A faca canta na mão das crianças.



"Farinha que do mesmo saco joga-se para ir com o vento".

A salvo de todos os males, os conformes requisitos prestados, para minhas realizações em caldas e sabores da delícia compartilhada por reportar meus alimentos para teus pratos.



Compartilho agora as minhas duras verdades para estar um dia feito caule, ou ao menos com as raízes na superfície, nem que seja em uma fina camada... Fazem questão de arrancar-me, e mais uma vez saio seco procurando outra terra, outros campos, em algumas montanhas que ouso subir descer é fatal, o cansaço vai me superar e domesticar a falta de iniciativa da qual tem me feito graças e leviandades com respeito do incerto, moralidade por querer o errado, e fico assim pois também sou fraco, não ao ponto de cair, mas tenho que pausar, certas horas coloca-se os pés pela cabeça, e com tudo que não se sabe também jogo o carro na frente dos bois... Sem que faça questão das bicas, vou pro desespero sorrindo feito LOKO, e adoro viver com está inquisição preponente, acompanhada de terrorismo sofrido por lunáticos que tornam-se fiéis nos periódicos termos:



Goma:

Verbo:



Uma faca acaba de ser pega da cozinha para cortar a justiça que não me toca por causa do otimismo, de agorista, em acreditar naquilo que muitos estão cegos de saber, cansados de pensar, inúteis para agirem, o que toca o conjunto é um som de controvérsias, orações que me fazem ficar forte perante a introspectiva rimática, no retrospecto dos dias...



Eu me sinto habituado,

Calmo, sempre calmo,

Antes da chuva para o guarda,

O beco molha a vida,

De palmos em palmos,

Passos em passos,

Transtornos calados,

Em rumos distraídos,

Vou de vez...

Com uma goma de verbo.



Humberto Fonseca
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 Os ares retornaram. a necessidade de tocar o barco, fazer regência ao orquestrar a regência, e denominar-se de uma vez por toda, que à volta aos mares, é feita hoje.

Humberto Fonseca

domingo

Agor'ando

 arte, contemporâneo, esferas, ostracismos, abstratos... apoteose ruminante praguenteia. com as forças que os poderes deram sobre os fracos. "viva o ódio em seu teor" mergulhe fundo na sua onda, caia em seus marés, troque enfim aquele pino de relógio com luva-de-boxe no fundo do mar, você é capaz de tudo, você é capaz... ver, sentir, calar, quantos, ainda podem ou não mais? sabes que todo paradeiro teve uma largada? pergunta rápida se faz direta?

 e o vento me trouxe mais que levou, e o vento me trouxe. num é sotaque de samba, harmonia de verbo, é acreditar no além'vento, nem acreditar; se jogar. entre uma tormenta e outra se vamos com as rajadas mais velozes e os obstáculos mais próximos, sabe as nuvens, aquelas esvoaçantes, em formato do que não se sabe, essas mesmas, foram engolidas pelo negro e estridente fosco refustado ao encolher de um primitivo momento, o debandar das gotas. serenas. bubônicas saudáveis tumorais em raízes brotantes, barrada pelo ruminamento febril da umidez, o amarelado enegrece ao verde vivo, colonial...

 enquanto o tempo não passa eu vou matando o que? a mim mesmo. é só há minha alma distante dos tumores, da dor, e secreção alheia. mortos em fiel ante-posição das secas, que depois da flora ressaca e depois da seca floresce.

 tomai-vos homem a liberdade de ser o quanto antes. muitos se perdem em imagens. e as grandes imagens veem de ti.

Pre Lançamento Doc. "Eucoloro" (A Cidade Limpa Contra a Arte de Grafiteiros)

                                                                                                                                                                                                                                                       
"Eucoloro" (A Lei Cidade Limpa Contra Arte de Grafiteiros) por periferias no Videolog.tv.


Texto-Roteiro em:
www.periferiaspaulistas.blogspot.com


O Anzol


 Estamos aqui, à disposição, "a fumaça da campina esbraveja", o verde'curo das folhas parece atrair a pele cristalina deste braço vivo d'água recortando os parágrafos antes mortificado, "por imaginar, é o fim da semana, da vida, dos anos..." logo mais. e adiante. vivoroso-virús'espectro saído das trevas leviano onde moras? e o samba morreu afogado, "toda ginga cansa". a maré não sabe onde ir, sobe, desce, a garça rasg'água da guarda num'rasáso ornamental, "curvando, freiando ligeiramente, crinando-se na direção do guaruzinho tomando ar", qualquer vacilo na natureza é janta.

Eu me venho do subúrbio,
Pobre, falador, e BURRO...
Daqueles que procuram saber,
O qual faz-me procurar o mundo.



 A poesia está em meus ossos. até minha loucura num hospício, cama hospitalar, ou destinado ao inferno por um demônio terrestre. esporrarei o gozo nos olhos que fecham-se na tela das jubas gananciosas. Douradas de cremes importados, e pentes bem passados, tem corte para mudar a fala do mudo, e fechar pálpebras de cego, aparar as pontas, engomar o (black)... mas não sai da rotina. se mata matando dizendo que nunca fez...


Meus pilares,
Sustentem-se!
Calme, alma, CAL...
Bem tu vê o ferro?
O concreto,
As bioses de fetos,
Paledaspinedos,
Banidas do pêlo...



 A carne sente cada vez mais, sem extrair-se dos seus poros tapados. Alma que transfigura o exemplo de ter um corpo a mais para superar-se... lição barata não dar-se, aplica. É foda quando um mano firmeza vai embora... E foda mesmo é quando os pilantras ficam...Caralho que merda é essa... E eu o que sou afinal? Como soaria bem os sons fora desses meus ouvidos. Tomo um gole de palavras, um de verso'stúpido, medalha em corpo torto, semi'abalado da guerra, língua'multilada de corpo que não se levanta... raos, cheiro de caos, ambição pelo nada de ter tudo, em'contaminêos, rebuscadas de'opinaleiros, já vais tarde... Se meu dedo pudesse puxar, eu faria o gatilho ao invés do revólver, não gosto de enfeites, só preciso apenas do que se falta para domar o bicho... Um banquinho e um chicote, com um pouco de "Lampejo" ele lê e senta...
 
"Lição barata não dar-se... Aplica."
Para quem (come merda... o pinico é prato!) enche a barriga com prisão de vermes abaixo, tão abaixo que estão soltos, longe da percepção, dos nossos olhares, ainda de barriga cheia e bunda limpa...  ... senta no pianinho, o tom é esse mesmo... tire rapidamente os dedos, já troquei as facas por tornos revolveres, pode até borrar-se, mas que seja fora daqui!

 Vamos lá passado, sinta o castigo que lhe estou dando. sinta e preserve a mudança. é fartura do tempo esse enigma sem motivo. ___ legitimidade, e proposta inovadora é a minha! só atropelo se vier com muita velocidade e você cruzar na faixa com farol fechado... olha a percepção do moleque, vendo tudo, não preciso tocar em nada, ou atingir, só tenho passos a dar em lugares vagos ou antes intocados, sou eu um desbravador das terras conhecidas para tentar trazer coisas boas e diferentes, as que sempre estiveram aqui... ão vivo em outro mundo também, curto viajar... té escuto OCEANO, só que com você não pulo, certamente a prancha vai estar armada, e nessa altura terei partido com minhas canetas infláveis e folhas submarinas, e novamente nessa altura não do campeonato, mas na arte de colar, criar, participar e jogar humild-mente na miúda com simbolismo das lutas que carrego será ótimo! vai ser muitos dribles, e sei que vai ter muito ZAGUEIRÃO para querer minhas pernas, aviso-os... estou correndo todos os dias, um fumante até que saudável, e que gosta de dar pinotes... vem na minha pegada, acompanha o ritmo, o fôlego que não se tem...

 Pra que milagre dos peixes. se posso eu mesmo matar minha fome, agradeço senhor, pelas forças, pelo natura, por estas manhãs dignificantes, mínimas e sigilosas de eterno panorama dessas minhas confissões de paz. meu nascer de grãos de arroz alagado, eu sou de carne, e simples, não tenho mais que esconder ou passar por cima dessa minha feição, "já fui um otário, mesquinho, hipócrita pra caraio, e meus preconceitos sempre fiz questão de expor, chutar minhas verdadinhas insignificantes de merda, ou desvalorizar outro ser humano por questões que estamos nós dois errados, só que passamos por cima, e não nos moldamos para outros, só que sempre querendo tudo certinho ou ser entendido aridamente por outros é fácil?" sou fraquinho, não consigo redicularizar outro, e isso é ponto de vista, vista encandecidabióticamente cansada... ela atura as mesmas visões, vai tornado-se cansada, faiada... e lá vai eu contra o ABSOLUTO.

 São dia de nascenças "similares o autêntico, e vê-de que a cegueira é besteira tua.aqui o natural místico caí... e chora pontinhos mentirosos, que a falsidade não é só ideológica como também questão de vida disprogressiva e degrada (a minha), pior que lugares grandiosos poluídos... murcham. nunca fui menestrel ou polímero de métrica idiota, estou na condição de repetir os altos, queimar todos os meus princípios e habituar-se. "não sou bicho! estou no mundo que não é só meu, e por mais que queira... aqui não posso nada... e DEUS se for para pagar o dia e a noite... pode cortar." 

 Posso até dever...  não sei a quem! __ Pegue sua Babilônia mestre do origami. por quê esses tracinhos ingéntissó para dizeres o quanto é isso que não é nada! mau falo, e retenho boieiras, e massas preventivas, sei que a cozinha aqui é suja, mas organiza a casa, e se naum vieres a ela, estaremos com outras visitas, tem sempre argúem com fome... querendo um livro para comer. "e amigo num é pra se guardar embaixo de sete'chaves", até a canção falou e vocês não ouviram, não choraram ao ver sue amigo partir, mas estou em pensamento, no meu pranto de paz, nessa luz remota de encher os olhos de qualquer um, o vento frio que passa do lado esquerdo do peito arrepia qualquer temor, mesmo esquecendo a canção, o coração fala Milton, de toda maneira "seja o que vier, venha o que vier, qualquer dia eu amigo eu volto pra te encontrar, qualquer dia amigo a gente vai se encontrar"... é a vida que toca lindamente sem teor e conteúdo, sem prodígios, neutralmente parada. 

 A criação não precisa de processos. de destinos. o homem só copia"Idem nos teus caminhos, sem que me dobres em vielas." As velas, com a viola, aguardente sem copo, olhando os balcões vazios... Guardiões da justiça, domadores de promessas, basbeliscos'retroencidos, sério mar-alto de côncavolinha, gomos, Bagues, peixes, santas águas límpidas, seus mar'rare-idos não'stão sujos, E sem botas ao fundo, com medo de tudo, de todos...  "o meu silêncio bate três vezes fortes por vez, uma quando sente, outra quando toca, e depois eu já não sei... silenciei."

Dizes as falas, que aqui ei de fazer as datações em paradigmas, em dogmas quebran'datados.


A revolução é para aqueles que aguardam o amor.



Humberto Fonseca